Os alunos do AEAS descobrem novos asteroides

22-11-2020

São mais seis asteroides descobertos por alunos da Escola Secundária Marques Castilho e Escola Básica Artur Nunes Vidal, em Fermentelos. Estes alunos responderam ao desafio do Clube de Ciências e, mesmo à distância, reuniam às quartas feiras à tarde com o coordenador do Clube, prof. Álvaro Folhas, para fazer Ciência Cidadã, através da campanha de pesquisa de Asteroides IASC (International Astronomical Search Collaboration), promovida em Portugal pelo NUCLIO- Núcleo Interativo de Astronomia, num trabalho coordenado pelo Prof. Patrick Miller da Hardin-Simmons University no Texas.

Asteroides são corpos rochosos ou metálicos cujo tamanho varia de alguns metros a vários quilómetros, e encontram-se em órbita ao redor do Sol, predominantemente na Cintura de Asteroides, na região entre Marte e Júpiter. Contudo, como a órbita de alguns asteroides é muito excêntrica, estes aproximam-se periodicamente da Terra merecendo por isso ser identificados e determinada as suas órbitas.

Assim, os alunos Gonçalo Ferreira e João Pedro Oliveira na Escola Secundária Marques Castilho, e Daniel Almeida, Cristiano Gomes, Ana Beatriz Devesas e Isaura Ferreira, aceitaram este desafio, determinados a participar na deteção de novos asteroides, mesmo no atual contexto de trabalho à distância, receberam vários pacotes exclusivos de imagens feitas com a maior câmara digital do mundo instalada no telescópio Pan-STARRS (Havai), e investigaram esses dados recorrendo a software especializado de medição de objetos astronómicos (Astrometria) com vista à deteção de asteroides e Objetos Próximos da Terra (NEOs - Near Earth Objects). Assim, na campanha que decorreu entre 9 de outubro e 3 de novembro, estes alunos detetaram 6 novos asteroides, considerados como objetos preliminares, dando assim o seu contributo para o conhecimento do Universo à nossa volta. Foram verdadeiros cientistas e fizeram reais descobertas e receberam um Certificado de reconhecimento pelo trabalho desenvolvido com a chancela da NASA, e das restantes entidades promotoras da campanha.

Álvaro Folhas, professor desta escola e coordenador do Clube de Ciência, considera que esta experiência permite aos alunos alavancarem uma série de competências científicas e funcionais, que vão da capacidade de análise e avaliação dos dados apresentados, à mobilização e articulação de saberes, à capacidade de trabalhar em equipa, até ao conhecimento do processo científico, para não falar das aprendizagens que decorrem do processo, da sua realização pela descoberta e do desenvolvimento de gosto pela Ciência. Todas estas competências estão alinhadas com o perfil desejado para alunos do Ensino Básico e Secundário e com as recomendações da OCDE sobre o espírito que deve nortear a Escola dos nossos tempos.

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